Entrevista Bárbara Mori para a Revista Estilo DF.

 A famosa atriz deu detalhes de seu novo projeto, La Negociadora (A negociadora), que estreia na próxima quinta-feira, 11 de fevereiro na plataforma Claro Vídeo, ainda falou sobre suas ambições nas áreas do cinema e literatura.

Artigo original da Revista Estilo DF
Tradução: Barbara Mori Brasil
Em uso deste material, por favor entre em contato conosco através do e-mail: barbaramoribrasil@hotmail.com.

Entrevista por Olman Castro


Há pouco tempo Bárbara estava comemorando seu aniversário de 43 anos, e um grande presente quem ganhou foi seus seguidores, nesta quinta-feira estreia na plataforma de streaming Claro Vídeo La Negociadora, a serie contém ação policial que marca a volta da atriz na telona após 5 anos.
Já no cinema a atriz tem estado mais ativa; está para estrear dois interessantes projetos: Todo lo Invisible (em abril), que aborda uma emotiva história sobre cegueira, e Tu eres mi problema, filme dirigido por Álvaro Curiel que estreia em Maio.
Sempre discreta com a sua vida privada, Bárbara fala sobre como seu companheiro Fernando Rovzar lhe motivou a cumprir seu sonho que tem há muitos anos.
Ainda revelou como seu processo de autoconhecimento, o mesmo que ajudou a se reconciliar com o seu passado, o que levou a compartilhar como superou as dificuldades da vida através do Ted Talk chamado de "Medo ou amor? Você decide", onde compartilhou que a fama e o sucesso que veio através da novela Rubi a levou a se sentir sozinha e vazia vivendo uma "turbulência emocional".
Disse sobre ser mais sensível e comprometida como profissional, mãe, avó, amiga e companheira. "Acredito que seja por isso que estamos neste mundo: para encontrar um propósito na vida que vai mais além de você mesmo e que tenha haver em ajudar os outros com as suas experiências de vida". 

As últimas personagens que você interpretou foram mulheres valentes, e no caso de La Negociadora não é diferente, o que te chamou a atenção neste projeto para fazer parte dele?
  Me encantou os capítulos que li, e tinha bastante tempo que tinha vontade de trabalhar com os Cardona (Juancho e Manuel), que são pessoas que eu gosto muito, mas que ainda não tínhamos a oportunidade de trabalhar juntos. Juancho já tinha falado muito comigo deste projeto desde que ainda estava preparando, então ele me mandou os capítulos e adorei. Sentei com eles e começamos a conversar sobre a personagem Eugenia e de toda a serie. Me deram bastante liberdade para colaborar com eles e colocar algumas coisas que eu, como atriz, acredito que faltava na minha personagem.


La Negociadora, estreia nesta quinta-feira pela plataforma de streaming da Claro Vídeo para toda a América Latina. A serie contém 12 episódios nesta primeira temporada, na qual conheceremos Eugenia Velazco (Bárbara Mori), a negociadora a melhor em antissequestro e anti extorsão , uma grande advogada criminalista que está a ponto de enfrentar o maior desafio da sua vida, onde o passado retorna para atormentar a sua vida.
O produtor executivo é o ator Manolo Cardona, ex da Bárbara, e a direção está a cargo de Juancho Cardona e David Ruiz.

"Logo fomos fazendo um trabalho de mesa muito exaustivo para ver os scripts junto da equipe de escritores; foi um trabalho em equipe muito legal. Também tive a oportunidade de trabalhar ao lado de David Leche Ruiz, um dos diretores. David é um dos meus melhores amigos na vida, e essa é a primeira vez que trabalhamos juntos como diretor e atriz. Teve uma atmosfera com muita camaradagem em que tinham muitos colombianos, que são maravilhosos, e com o carinho que sempre tive com Juancho, Manolo e Leche. Foi um ambiente de trabalho muito, muito bom".

E sobre a sua personagem? Imagino que tenha precisado de uma preparação psicológica e também uma preparação física importante...
Como eu disse, é uma mulher muito forte, uma negociadora de sequestros que se dedica a salvar vidas. E isso foi uma das coisas que me encantou para interpretar uma pessoa assim, pelo momento que estou vivendo na minha vida pessoal, então eu me identifico muito com esses tipos de personagens. Tive que enfrentar bastante coisa, porque nunca havia feito nada policial antes, eu tinha que carregar armas, disparar, brigar e ainda dar cordas.
Tem uma cena muito interessante onde eu tenho um encontro numa rua com um personagem e trocamos vários golpes, mas tem toda uma coreografia por trás que devemos seguir. Então, tive uma preparação muito importante para conseguir que o personagem seja o mais real possível. Tivemos que treinar durante meses, mas fui bem. Foi muito divertido também treinar com toda a equipe de jovens que nos ajudaram a conseguir fazer essas cenas, nos aspectos de como segurar uma arma, disparar e fazer perseguições.

Está para estrear dois projetos no cinema: Todo lo invisible e Tú eres mi problema, o que deve ter um filme para que você decida fazê-la, o que mais pesa na sua decisão: a história, o personagem, o elenco, o diretor?
É um pouco de tudo, já que tudo influencia. Obviamente necessita de um bom script e uma boa evolução dos personagens. Por isso preciso de um script escrito para dizer se me interessa ou não, mas também me importa muito quem vai dirigir e quem fará parte do elenco. Tudo isso influencia muito na minha decisão, mas o mais importante é considerar se eu tenho algo a dar para aquele personagem, que eu me identifique com ele e que me toque profundamente. Eu gosto que o projeto me traga um desafio, que não seja algo fácil de fazer, porque se não eu fico entediada. Eu gosto de fazer uma preparação profunda pra chegar a interpretar o personagem na forma que o diretor espera e como exige o script. 

Falando da sua experiência no cinema, durante esse período da pandemia você escreveu um script próprio, o que pode nos contar a respeito?
Justamente aproveitei o distanciamento, para deixar fluir a minha criatividade. Tem muitos anos que quero dirigir algo. Já tenho 25 anos atuando e fui dirigida muitas vezes, mas tenho essa vontade de estar atrás das câmeras também. Escrevi esse script baseado em várias vivências minhas durante a minha infância e estou trabalhando para tentar dirigir neste ano que começa.

Teve algo em especial durante esse tempo que te fez focar em terminar o script?
Como te disse, sempre tive essa vontade de dirigir, mas ainda não tinha começado a escrever um script. Meu companheiro é diretor,  escritor e produtor, ele me inspirou muito a sentar e começar a escrever. Perguntou sobre os meus sonhos e eu disse que um deles era esse, então me disse: "Então comece a escrever". Basicamente me motivou a escrever e aproveitei esse momento da pandemia, que foi ideal porque pude dedicar meu tempo a escrever e acabei.

Agora que você falou do Fernando Rovzar, tem algum plano de trabalhar junto com ele em algum projeto?
Já trabalhamos juntos quando fizemos o filme Amor, dolor y viceversa, que foi quando nos conhecemos, ele era produtor, mas como diretor quero que ele me dirija e claro que pensamos em fazer algo mais pra frente.

Nas suas redes sociais vemos bastante um cachorro e um gato, sempre foi uma pet lover?
Sempre fui amante dos animais, o Ostin, que é o cachorrinho que você mencionou, está comigo há  quase 14 anos e o Bu (gato) tem 1 ano e meio mais ou menos que está com a gente.

Uma coisa que chama muita atenção nas suas redes sociais são os textos que você publica com as imagens, que são bem emotivos e inspiradores; Agora que terminou de escrever o seu script já pensou em escrever um livro?
Eu amo ler e sim, muita gente já me pediu para escrever um livro; talvez algum dia eu faça. Eu acredito que devemos usar nossas redes sociais com muita responsabilidade, principalmente quando temos pessoas que nos seguem e se inspiram no que fazemos e dizemos. Para mim faz bem usar uma ferramenta, como as redes sociais, com responsabilidade  e com a consciência de poder contribuir e dar o melhor de uma pessoa.

Isso ficou bem claro no vídeo que fez para TED Talk organizado pela Ibero, onde vimos você mais humana e compartilhou aspectos bem pessoais, como foi essa experiência?
Foi um passo muito grande que eu dei, porque foi a primeira vez que compartilhei sobre a minha história de vida, na qual me calei por muitos anos, porque não havia curado e nem transformado as minhas feridas. Tudo o que eu vivi durante a minha infância me machucou muito durante muito tempo e depois de tanto trabalho consegui transforma-la. Então me senti preparada pra compartilhar e fiz com a intensão de que possa ajudar aqueles que sofreram ou sofrem de algum tipo de violência doméstica a seguir em frente e deixar para atrás as adversidades da vida. Acredito que todas as histórias fortes que vivemos são como um brinde da vida nos dando a oportunidade de aprendermos e nos transformarmos em seres humanos melhores. Acredito que seja por isso que vimos ao mundo: com um propósito na vida e que está além de você mesmo e que mais te vale ajudar o outro. Foi uma experiência muito bonita poder falar sobre a minha história para mundo e poder ajudar pessoas com ela.

O mais espera de 2021?
Isso do meu filme, que estou tentando levantá-la para poder ser diretora, além das estreias dos filmes que eu falei. Também estou comtemplando alguns projetos de televisão que estão por vir, vamos ver o que posso me dar primeiro. Enfim, estou preparando muitas coisinhas.

Falando de televisão, você conseguiu assistir o remake de Rubi que fizeram recentemente na Televisa? uma história que foi um divisor de águas na sua carreira...
Na verdade ainda não tive a oportunidade de assistir. Camilla conversou comigo quando lhe ofereceram a novela. Me disse umas coisas bonitas e eu desejei muito sucesso pra ela. É um personagem que deu muita coisa pra minha carreira e alavancou de uma forma; acredito que qualquer atriz que interprete este personagem vai se dar bem, porque é maravilhoso, e sim a atriz é boa, então será um sucesso.
    


Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.

Comentários

Postagens mais visitadas